MEU ADORADO AMIGO*,
SEI QUE NAO PODE VIVER ESTE *SEU DIA**********, NUM CLIMA FESTIVO, DADOS OS ULTIMOS ACONTECIMENTOS; MAS... O FUTURO E' JA' ALI* AO VIRAR DAQUELA *NUVEM*, POR ISSO, POR SUA LINDA FAMILIA********E, MUITO EM PARTICULAR PELA MAIS QUE BELA PRINCESINHA********, SORRIA HOJE A VIDA_HOJE E DEPOIS DE DEPOIS DE AMANHA********_E, VIVA SEU *DIA DE ANIVERSARIO************** COM UM SORRISO NOS LABIOS, NO CORACAO E NOS OLHOS E A ESPERANCA NO INTIMO DE SUA ALMA SUAVE E TRANSLUCIDA!!!!!!!!!!
_LHE QUERO MUITO BEM, MEU AMADO AMIGO!
RESPEITO SEU RECOLHIMENTO, E... SEREI SOBRIA!
DEIXO-LHE JUNTO COM MEU FORTE, IMENSO E SAUDOSO ABRACO, ESTE CONJUNTO DE POEMAS, QUE RECOLHI NO *CONVERSANDO COM AS PALAVRAS*, NO MES DE NOVEMBRO DE UNS ANITOS ATRAS!
AQUI FICAM!
FELICIDADES!
SUA AMIGA, DE ONTEM, DE HOJE, E... DE ENQUANTO MEU CORACAO BATER!
BEIJINHOS.
MUITOS A *FLOR E PRINCESA************!
Heloisa
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***POESIA***
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***Sophia de Mello Breyner Andresen***
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*Poesia*
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Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morremos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E a alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
Aqui, deposta enfim a minha imagem,
Tudo o que é jogo e tudo o que é passagem.
No interior das coisas canto nua.
Aqui livre sou eu — eco da lua
E dos jardins, os gestos recebidos
E o tumulto dos gestos pressentidos
Aqui sou eu em tudo quanto amei.
Não pelo meu ser que só atravessei,
Não pelo meu rumor que só perdi,
Não pelos incertos atos que vivi,
Mas por tudo de quanto ressoei
E em cujo amor de amor me eternizei.
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***Alberto Caeiro***
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*Vive*
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Vive, dizes, no presente,
Vive só no presente.
Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as cousas que existem, não o tempo que as mede.
O que é o presente?
É uma cousa relativa ao passado e ao futuro.
É uma cousa que existe em virtude de outras cousas existirem.
Eu quero só a realidade, as cousas sem presente.
Não quero incluir o tempo no meu esquema.
Não quero pensar nas cousas como presentes; quero pensar nelas
como cousas.
Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.
Eu nem por reais as devia tratar.
Eu não as devia tratar por nada.
Eu devia vê-las, apenas vê-las;
Vê-las até não poder pensar nelas,
Vê-las sem tempo, nem espaço,
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma.
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***GATO QUE BRINCAS NA RUA
COMO SE FOSSE NA CAMA***
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Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
Fernando Pessoa, 1-1931
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***ENTRE O SONO E O SONHO***
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Entre o sono e sonho,
Entre mim e o que em mim
É o quem eu me suponho
Corre um rio sem fim.
Passou por outras margens,
Diversas mais além,
Naquelas várias viagens
Que todo o rio tem.
Chegou onde hoje habito
A casa que hoje sou.
Passa, se eu me medito;
Se desperto, passou.
E quem me sinto e morre
No que me liga a mim
Dorme onde o rio corre -
Esse rio sem fim.
Fernando Pessoa, 11-9-1933
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***João de Deus***
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***TEIXEIRA DE PASCOAES***
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*CANCAO DA NEVOA*
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Tristezas leva-as o vento;
Vao no vento; andam no ar...
Anda a espuma a tona de agua
E a flor da noite o luar...
Vindes dum peito que sofre?
De uma folha a estiolar?
Donde vindes, donde vindes,
Tristezas que andais no ar?
Efluvios, emanacoes,
Saidas da terra e do mar,
Sois nevoeiros de lagrimas
Que o vento espalha, no ar...
Suspiros brandos e leves
De avezinhas a expirar;
Ermas sombras de cancoes
Que ficaram por cantar!
Brancas tristezas subindo
Das fontes, que vao secar!
E das sombras que, a noitinha,
Ouve a gente murmurar.
Saudades, melancolias,
Que o Poeta vai aspirar...
Melancolias e magoas,
Que sao almas a voar.
E o Poeta solitario
Fica a cismar, a cismar...
Todo embebido em tristezas,
Levadas na onda do ar...
E o Poeta se transfigura,
E' a voz do mundo a falar!
E aquela voz tambem vai
No vento que anda no ar...
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***Teixeira de Pascoaes***
***Poema sem palavras***
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não tenho palavras
estou tão perto do silêncio
aqui
não há voz falada
nem palavra onde
me sente
sou um segredo vivo
ao espelho
escrito muito antes de o escrever
uma pequena luz semeada ao vento
para enviar sinais para o outro
mundo
nada mais
tão natural é eu ter adormecido
olha
as estrelas acenderam-se
e eu respondo talvez
(maria azenha)
**************************
(in Arde o AZUL3)
**************************
*** VIVO***
Vivo assim
(sem saber se vivo)
num adiar constante
da solucao encontrada
Vivo assim
(sem saber se vivo),
num arrepiar continuo
o caminho percorrido
Vivo assim
(sem saber se vivo)
num retornar teimoso da inocencia perdida
Vivo assim
sem saber se Vivo.
-----------------------------*TERESA*
EM 27/01/04
E...
*******UM POUCO DE MIM:
------------------------................
***CORPO SEM ALMA***
---------------------------------
Nua e despida
Do corpo sem Alma
Gelada e Hirta
Num esgar
Em forma de sorriso.
Olho sem ver,
O Azul impreciso
Do Ceu Infinito
E...fico procurando, o meu lugar...
Zumbindo, em meu cerebro,
Este constante interrogar (?)
__PORQUE?__??
"O INFINITO" E' TAO BONITO!?
E...TAO INDEFINIDO...
E FRIO!???
Procuro,"revestir"
O meu corpo inerte
Com as folhas Verdes das Palmeiras
Que o SOL
Nao penetra
Nao aquece!...
E...fico na Esperanca
que o VERDE
E, A SEIVA DA VIDA
(circulante nas Arvores)
Me transmita
O seu "Soro"
Que anime meu "Corpo Azul"
_INANIMADO_,
E, o colorido
Em tom de Rosa
DA CARNE VIVA
_VIVA EM MIM_!
E...FACA ERGUER O MEU CORPO
E, ANINHAR NELE
A MINHA ALMA!!!
..........................
HELOISA EM 09/04/02
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NOTA: MARIA AZENHA************ E TERESA************
SAO DUAS AMIGAS QUE TENHO PERMANENTEMENTE NO CORACAO E, DE QUEM, HA' ALGUM TEMPO (mais do que eu desejaria) , ME TENHO MANTIDO UM POUCO AFASTADA, NESTA DISTANCIO E SILENCIOS QUE ME TOLHEM A ALMA!
FACO QUESTAO DE DEIXAR AO MEU AMIGO QUERIDO< TAMBEM ESTAS POETISAS QUE AMO!
_MARIA AZENHA**********, E' UM CASO MUITO SERIO NO PANORAMA DA POESIA PORTUGUESA DOS NOSSOS DIAS!_ELA********, E' PARA MIM, E PARA ALGUNS AMIGOS MEUS E DELA, A MAIOR POETISA PORTUGUESA VIVA**********!
_GRACAS AOS CEUS VIVA E LINDA!!!!!
_ZE', MEU AMIGO, QUERIA MUITO COLOCAR AQUI UM DOS SEUS POEMAS, MAS... RECEIO QUE SE ZANGUE COMIGO! Se, nao estivesse a viver um momento de recolhimento, eu colocava-O aqui mesmo sem a sua autorizacao, assim, receio magoa'-Lo e ferir o seu desejo de recolhimento!
_SEJA FELIZ MEU AMIGO************!
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2 comentários:
Heloísa
Desculpe vir aqui intrometer-me, mas há muitos meses que não tenho quaisquer notícias.
O MULTIPLY não funciona, não sei porquê.
Deixou de aparecer no blog.
Gostaria de saber se eu, inadvertidamente, cometi alguma incorrecção, ou o que é muito pior, a sua doença não o tem possibilitado?
NUNCA SE INTROMETE!!!!!!
AO CONTRARIO E' UM PRAZER RECEBE-LO!!!
_Ja' respondi mais em detalhe no SEU BLOG PETER'S***** ao teor desta Sua mensagem; mas adiciono aqui que ate' ao dia de hoje, NUNCA senti, ou me apercebi de nunhuma incorreccao da Sua parte!
_MINHA SAUDE E' QUE E' "INCORRECTA" comigo e nao me permite fazer (e estar) o que eu quero!
E... RESPONDER E ESTAR PRESENTE JUNTO DOS QUE CONSIDERO *AMIGOS******, E' UMA COISA QUE EU QUERO!!!!!
ABRACO AMIGO!
_Entretanto ja' recebi comunicacao Sua via Multiply e ja' respondi no mesmo meio!!!!!
_SAUDE E BEM-ESTAR GERAL, CARO AMIGO!
UM ABRACO!
Heloisa
**********
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