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*EXTRACTO*:
(Perdao porque nao pedi AUTORIZACAO!)
Heloisa B.P.
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"“GRITO”
De ti que inventaste
A paz
A ternura
E a paixão
O beijo
O beijo fundo intenso e louco
E deixaste lá para trás
A côncava do medo
à hora entre cão e lobo
à hora entre lobo e cão.
De ti que em cada ano
Cada dia cada mês
não paraste de acender
Uma e outra vez
A flor eléctrica
Do mais desvairado
coração.
De ti que fugiste à estepe
E obrigaste
à ordem dos caminhos
O pastor
A cabra e o boi
E do fundo do tempo
Me chamaste teu irmão.
De ti que ergueste a casa
Sobre estacas
E pariste
Deuses e linguagens
Guerras
E paisagens sem alento.
De ti que domaste
O cavalo e os neutrões
E conquistaste
O lírico tropel
Das águas e do vento.
De ti que traçaste
A régua e esquadro
Uma abóboda inquieta
Semeada de nuvens e tritões
Santidades e tormentos.
De ti que levaste
A volupta da ambição
A trepar erecta
Contra as leis do firmamento.
De ti que deixaste um dia
Que o teu corpo se cansassse
Desta terra de amargura e alegria
E se espalhasse aos quatro cantos
Diluido lentamente
No mais plácido
Silente
E negro breu.
De ti
Meu irmão
Ainda ouço
O grito que deixaste
Encerrado
Em cada pétala do céu
Cada pedra
Cada flor.
O grito de revolta
Que largaste à solta
E que ficou para sempre
Em cada grão de areia
A ressoar
Como um pálido rumor.
O grito que não cansa
De implorar
Por amor
E mais amor
E mais amor.
José Fanha, In "Breve tratado das coisas da arte e do amor"
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