segunda-feira, junho 23, 2008

*****PARABENS E PARABENS A VOCE< MEU QUERIDO POETA E AMIGO JOAO******

MEU AMIGO******

Tinha pensado fazer-Lhe uma homenagem diferente; mas...

nao foi possivel por varias razoes que sao improprias para colocar aqui, menos ainda neste momento!

ASSIM, digo-Lhe que melhor homenagem, especialmente, para quem tem limitacoes (meu caso!) se pode prestar a UM POETA******* que dar a LER A SUA POESIA********????

E' o que humildemente (tenho feito) farei!

Inclusive', ontem mesmo encomendei seu LIVRO *APORA* que ainda nao tinha.

A postagem anterior a ESTA_COLOCADA ONTEM AQUI_, TAMBEM LHE E' DEDICADA, alem de tambem o ser nosso AMIGO E MESTRE HENRIQUE SOUSA!

Que quero eu???

QUERIA SABER ESCREVER, PARA LHE DIER O QUE GOSTARIA E QUE MERECE! MAS NAO SEI!

QUERO, POREM, QUE SEJA MIL POR CENTO FELIZ E PROSPERO, SERA' POSSIVEL??? E' ISSO QUE "EXIJO" AOS CEUS!!!!!!

AGORA, UMA MINUSCULA MOSTRA DE SUA GRANDE CRIATIVIDADE POETICA E

GRANDIOSA POESIA********

ABRACO-O!!!!!

PARABENS E... MUITOS E MUITOS ANOS DE VIDA JUNTO DE QUEM AMA!

Sua, de Coracao,

Heloisa

.........

http://pt-br.wordpress.com/tag/joao-batista-do-lago/

http://www.mhariolincoln.jor.br/index.php?catid=105

http://palavrastodaspalavras.wordpress.com/2008/06/09/pos-modernidade-poema-de-joao-batista-do-lago/

http://batistadolago.blogspot.com/2008/04/sonetos-lviii-de-joo-batista-do-lago.html

http://livros.horabsurda.org/?page_id=3&brand=8

http://valquihelo.multiply.com/reviews/item/4

http://valquihelo.multiply.com/journal/item/146/HENRIQUE_E_OS_AMIGOS_COMO_JOAO_BATISTA_DO_LAGO_POR_EXEMPLO_SEMPRE_TRABALHANDO_PARA_PROMOVE-LOS_

http://valquihelo.multiply.com/music

ETC...

Vários poemas

03/10/2006

Tormentas

A educação do homem não já vingara
No eterno ater-se do conhecimento
Nem mesmo a travessia dos mares lograra
No Novo Mundo todo o discernimento

Estamos a ver navios porto-magoados
Abarrotados de velhas filosofias
Que como marines singram atordoados
Em meio às tormentas de falsas maresias

O homem para si já desesperançado
Vulgar e sem espírito continua torpe
Nesta sua lida do saber não alcançado

Mas espera assim por um instante sequer
Julgar-se capaz de tudo saber. E nesta
Ânsia agônica Deus pretendera Ser


Viajor

Recluso do território da paixão
Excluso da comunidade do amor
Restou-me da dor apenas o ator
Viajor tormentoso em mares da ilusão

Naufragado até a alma sigo louco
Preso aos saberes do Poder rouco
Sou linguagem que ama liberdade
Louco-homem interno deste mundo

Ah hospícios que internam o meu ser
Há de chegar o dia da minha redenção
O sol por certo não me deixa morrer

Recluso e mísero em podre Poder
Deste hospício de saberes faustos
Nas asas da liberdade serei salvo


Esse Homem

Não temo a sorte da destruição
Há nela por sorte toda evolução
Assim é preciso rasgar o véu da Maia
Romper com o podre ventre da Sophia

O equilíbrio só irrompe da revolução
Que nasce da matéria e não da Filosofia
Que adultera o útero da mente da Razão
Prado real do nascente Antihumano

Fulcro do concreto criador da negação
Operário que se constrói de Ciência
E que não perde da terra a consciência

Esse homem há que vingar por certo
De toda incerteza da não-matéria
Que vingará da ontogênese da miséria



Ubiqüidade

Quanta confusão se faz
Quando permite o homem
Abandonar-se à razão
Unge-se de verdades
Sugere igualdades mas
Não passa de tolo escravo
Da verdade e da razão
Agora algoz implacável
Deste miserável ser miserável
Prenhe de desrazão



Andrógeno

De toda minha prenhez
Sou criador e criatura
Não-sendo nem criador
Não-sendo nem criatura
Sou cultura arquetípica
Da não-cultura do humano
De toda não-literatura
Toda literatura de imagens
Que se revelam apenas na matéria
Do não-humano do humano



Eu

Verei o teu fim e tu
Verás o meu final
A dúvida sempre se
Fará carnal, afinal
No dever-ser da vida
Há apenas a morte
Ah! Quanta sorte não
Poderás tomá-la de mim

Esse dever ser de si
Traduz a substância
Que buscas em mim
Há de assisti-la como
Puramente minha
Não terás sobre ela
Algum poder supremo
Ela só me resta a mim



Vulcão

O espaço é o meu corpo
talhado de aventuras.
Nele está tatuado toda marca
da esperança desesperada.

O tempo é o meu corpo
rio caudaloso e turvo.
Nele está singrante toda dor
da desesperada esperança.



Descaminho

Há uma pedra no caminho;
no caminho há um homem.

Há um homem no caminho;
no caminho há uma pedra.

Há um caminho sem uma pedra;
no caminho não há um homem.

Há um caminho sem um homem;
no caminho não há uma pedra.

Há uma pedra livre porque o caminho está livre do homem.
Há um homem livre porque o caminho está livre da pedra.
Há um caminho livre porque o caminho está sem uma pedra.
Há um caminho livre porque o caminho está sem um homem.


Sujeito

Apenas os idiotas
Pensam que o “eu” é
O único dos sujeitos

(...)

A maioria das
Marmotas – roedores por certo
“Si” sujeita na floresta do ser



Dialética Serial

Ser é o não-ser do ser
Do ser que não-é ser-se
Matéria da não-matéria
Materialismo desmaterializado
Síntese dialética da não-dialética
Do substancialismo do não-idêntico
No imanente idêntico do ser



Apostasia

O cão amigo
do homem não-amigo
segue seu amo docilmente
mendigando sua solidariedade...
a palavra não fala na linguagem do cão

(ladra, late... e ladra uma vez mais
balança o rabo coital no balão do nada
ao pré-sentir do pontapé e a porrada!)

O homem não-amigo
do amigo do homem
continua sua caminhada perfeita
harmônica apostasia da espécie animal
do sacrário sujeito final




Autocompreensão

Quando eu compreendera
que eu não sou eu, mas o outro;
Quando eu compreendera
que eu não sou o outro,
mas parte do eu e do outro;
Quando eu compreendera
que não sou parte do eu e do outro,
mas o todo da parte do eu e do outro;

Aí então terei aberto a janela
para descortinar o único universal:
seja na parte, seja no todo;
Aí então terei refletido minha incompletude;
Aí então terei assimilado
no eu,
no outro,
na parte
e no todo
O universo descortinado
em liberdade epistemológica
que terá sempre como gênese
o abstrato e o concreto,
o subjetivo e o objetivo,
o metafísico e o racional



Desconexo

Estou debruçado
na janela do mundo
O mundo que não é mundo
apenas representação do mundo
que trago dentro do meu “espírito”
que não é espírito
que se pensa real
mas nele não há realidade alguma

Quero dizer uma palavra
mas a palavra não fala
Estou mudo no meu grito
que grita todas as dores
que são amores indormidos
nas almas das gentes
que não são gentes
nem almas

Que se pensam deuses imaculados
que se julgam reis bajulados
pelos escravos criados de si

E assim segue-se-me o si em mim
sem que eu saiba concretamente o que serei
Ainda que me possam marcar
ainda que me possam doar um nome
nome que nunca tive
nome que nunca terei
pois sou não-identificado
sou abstrato no concreto abstrato
diante do meu espelho-meu
que já não espelha o Eu de si
mas que procura no Eu-nós
uma identidade perdida
combalida de lutas não lutadas
Estou cansado...

Queria fazer uma ideologia
mas as ideologias são mentiras
que se permitem no vazio do ser
que se busca em si em desespero
que não se encontra no Outro
que descobre suas hipóteses adormecidas

Queria ver meu tempo-espaço comum
mas o comum está derrotado
pela não-solidariedade que nunca há
nesse campo de subjetividades

Queria construir um discurso eterno
mas os discursos são provisórios
são (des) construções já em si
antes que o tornem compulsórios

Queria ter a verdade maior
mas toda verdade é sempre menor
micrologia diante do diverso
do verso e do verbo onde
não é nunca uma linguagem
pensada ou falada
no universo da mudez inumana

Que loucura!
Encontrei-me enfim:
Louco interno deste manicômio
onde os saberes médicos
de não-médicos constroem
vulgaridades mitológicas seculares
onde seus séqüitos de escravos eternos
onde os loucos não se espelham no ser de si
no tempo-espaço da convers(c)idade
onde se vêem apenas mutantes de si
já sem Pandora para lhes assegurar
a sagrada esperança já desesperançada
na esperança da riqueza de uma meta-vida
que se eterniza no inconsciente do ser
sem consciência do existir

Fechei a janela...



Deserto

Contrastando os muitos “deuses”
Não fui gerado poeta
Não nasci verseja(dor)
Da dor me construí linguageiro
Palavreiro de tantos signos

Fui construído João
Poeta que poetisa... poetiza(dor)
Que palavreia no internato
Do mundo deserto
Feito um palavra(dor)

Eis então a minha arena
O meu teatro ama(dor)

Estou cercado de sós
sob o sol de desertos
Estou só no oásis de sós

Caminho seguindo
Os rastros estreitos
Tentando encontrar
A voz perdida
De velhos ecos
Ecos perdidos
Nos labirintos das
Cavernas humanas

Nada se aproxima
Nenhuma palavra(dor)
Nenhum poema(dor)
Nenhum poeta(dor)
Nenhuma linguagem

Ainda assim seguirei
Só sob o sol escaldante
Há um deserto(dor) à frente
Mas seguirei seguindo rastros
Rastros das velhas palavras
Como palavra(dor)
Até que elas morram no deserto
Morram de tanta e tamanha sede
Morram de tanta e tamanha dor

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