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CONFESSO, CAROS AMIGOS E LEITORES QUE NAO RESISTI A TENTACAO DE DEIXA'-LA AQUI AO VOSSO DISPOR!
PECO PERDAO AO SENHOR PROFESSOR SIMPLICIO*******, PORQUE NAO LHE PEDI AUTORIZACAO PARA PUBLICAR. E, TAMBEM PECO O MESMO PERDAO A AMIGA DO PEITO QUE ME ENVIOU TAL LICAO E EXPLANACAO!
AQUI FICA COM O MEU ABRACO!
VOSSA, Heloisa
E...BOM DOMINGO DE DESCANSO********!
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COPIA:
-- Resposta ao Car�ssimo que veio aos jornais INDIGNAR-SE contra os professores.
Tal demonstra bem como os profs trabalham tanto e "nem se d� por ela".
Caro an�nimo indignado com a indigna��o dos professores,
Homens (e as mulheres) n�o se medem aos palmos, medem-se, entre outras coisas, por aquilo que afirmam, isto �, por saberem ou n�o saberem o que dizem e do que falam.
O caro an�nimo mostra-se indignado (apesar de n�o aceitar que os professores tamb�m se possam indignar! Dualidade de crit�rios deste nosso estimado an�nimo... Mas passemos � frente) com o excesso de descanso dos professores: afirma que descansamos no Natal, no Carnaval, na P�scoa e no Ver�o, (esqueceu-se de mencionar que tamb�m descansamos aos fins-de-semana). E o nosso prezado an�nimo insurge-se veementemente contra t�o desmesurada dose de descanso de que os professores usufruem e de que, ao que parece, ningu�m mais usufrui.
Ora vamos l� ver se o nosso atento e sagaz an�nimo tem raz�o. Vai perdoar-me, mas, nestas coisas, s� l� vamos com contas.
O hor�rio semanal de trabalho do professor � 35 horas. Dessas trinta e cinco, 11 horas (em alguns casos at� s�o apenas dez) s�o destinadas ao seu trabalho individual, que cada um gere como entende. As outras 24 horas s�o passadas na escola, a leccionar, a dar apoio, em reuni�es, em aulas de substitui��o, em fun��es de direc��o de turma, de coordena��o pedag�gica, etc., etc.
Bom, centremo-nos naquelas 11 horas que est�o destinadas ao trabalho que � realizado pelo professor fora da escola (j� que na escola n�o h� quaisquer condi��es de o realizar): prepara��o de aulas, elabora��o de testes, correc��o de testes, correc��o de trabalhos de casa, correc��o de trabalhos individuais e/ou de grupo, investiga��o e forma��o cont�nua. Agora, vamos imaginar que um professor, a quem podemos passar a chamar de Simpl�cio, tem 5 turmas, 3 n�veis de ensino, e que cada turma tem 25 alunos (h� casos de professores com mais turmas, mais alunos e mais n�veis de ensino e h� casos com menos - ficamos por uma situa��o m�dia, se n�o se importar). Para sabermos o quanto este professor trabalha ou descansa, temos de contar as suas horas de trabalho.
Vamos l�, ent�o, contar:
1. Prepara��o de aulas: considerando que tem duas vezes por semana cada uma dessas turmas e que tem tr�s n�veis diferentes de ensino, o professor Simpl�cio precisa de preparar, no m�nimo, 6 aulas por semana (estou a considerar, hipoteticamente, que as turmas do mesmo n�vel s�o exactamente iguais -- o que n�o acontece -- e que, por isso, quando prepara para uma turma tamb�m j� est� a preparar para a outra turma do mesmo n�vel). Vamos considerar que a prepara��o de cada aula demora 1 hora. Significa que, por semana, despende 6 horas para esse trabalho. Se o per�odo tiver 14 semanas, como � o caso do 1.� per�odo do presente ano lectivo, o professor gasta um total de 84 horas nesta tarefa.
2. Elabora��o de testes: imaginemos que o prof. Simpl�cio realiza, por per�odo, dois testes em cada turma. Significa que tem de elaborar dez testes. Vamos imaginar que ele consegue gastar apenas 1 hora para preparar, escrever e fotocopiar o teste (estou a ser muito poupado, acredite), quer dizer que consome, num per�odo, 10 horas neste trabalho.
3. Correc��o de testes: o prof. Simpl�cio tem, como vimos, 125 alunos, isto implica que ele corrige, por per�odo, 250 testes. Vamos imaginar que ele consegue corrigir cada teste em 25 minutos (o que, em muitas disciplinas, seria um milagre, mas vamos admitir que sim, que � poss�vel corrigir em t�o pouco tempo), demora mais de 104 horas para conseguir corrigir todos os testes, durante um per�odo.
4. Correc��o de trabalhos de casa: consideremos que o prof. Simpl�cio s� manda realizar trabalhos para casa uma vez por semana e que corrige cada um em 10 minutos. No total s�o mais de 20 horas (isto �, 125 alunos x 10 minutos) por semana. Como o per�odo tem 14 semanas, temos um resultado final de mais de 280 horas.
5. Correc��o de trabalhos individuais e/ou de grupo: vamos pensar que o prof. Simpl�cio manda realizar apenas um trabalho de grupo, por per�odo, e que cada grupo � composto por 3 alunos; ter� de corrigir cerca de 41 trabalhos. Vamos tamb�m imaginar que demora apenas 1 hora a corrigir cada um deles (os meus colegas at� gargalham, ao verem estes n�meros t�o minguados), d� um total de 41 horas.
6. Investiga��o: consideremos que o professor dedica apenas 2 horas por semana a investigar, d�, no per�odo, 28 horas (2h x 14 semanas).
7. Ac��es de forma��o cont�nua: para n�o atrapalhar as contas, nem vou considerar este tempo.
Vamos, ent�o, somar isto tudo:
84h+10h+104h+280h+41h+28h=547 horas.
Multipliquemos, agora, as 11horas semanais que o professor tem para estes trabalhos pelas 14 semanas do per�odo: 11hx14= 154 horas.
Ora 547h-154h=393 horas. Significa isto que o professor trabalhou, no per�odo, 393 horas a mais do que aquelas que lhe tinham sido destinadas para o efeito.
Vamos ver, de seguida, quantos dias �teis de descanso tem o professor no Natal.
No pr�ximo Natal, por exemplo, as aulas terminam no dia 18 de Dezembro. Os dias 19, 22 e 23 ser�o para realizar Conselhos de Turma, portanto, ter� descanso nos seguintes dias �teis: 24, 26, 29 30 e 31 de Dezembro e dia 2 de Janeiro. Total de 6 dias �teis. Ora 6 dias vezes 7 horas de trabalho por dia d� 42 horas. Ent�o, vamos subtrair �s 393 horas a mais que o professor trabalhou as 42 horas de descanso que teve no Natal, ficam a sobrar 351 horas. Quer dizer, o professor trabalhou a mais 351 horas!! Isto em dias de trabalho, de 7 horas di�rias, corresponde a 50 dias!!! O professor Simpl�cio tem um cr�dito sobre o Estado de 50 dias de trabalho. Por outras palavras, o Estado tem um calote de 50 dias para com o prof. Simpl�cio.
Pois �, n�o parecia, pois n�o, caro an�nimo? Mas � isso que o Estado deve, em m�dia, a cada professor no final de cada per�odo escolar.
Ora, como o Estado somos todos n�s, onde se inclui, naturalmente, o nosso prezado an�nimo, (pressupondo que, como n�s, tem os impostos em dia) significa que o estimado an�nimo, afinal, est� em d�vida para com o prof. Simpl�cio. E ao contr�rio daquilo que o nosso simp�tico an�nimo afirmava, os professores n�o descansam muito, descansam pouco!
Veja l� os trabalhos que arranjou: sai daqui a dever dinheiro a um professor. Mas, n�o se incomode, pode ser que um dia se encontrem e, nessa altura, o amigo paga o que deve.
Para que seja clarificada a situa��o, para que todos estejamos correctamente informados , por favor, reencaminhem para todos os amigos, conhecidos e an�nimos!!!
meu comentario:
GARGALHADA SONORA COM A PARTE FINAL!
E... ESTE PROFESSOR SIMPLICIO******, E' MUITO POUPADINHO! E... DA' UMA BELA LICAO DE ARTMETICA E DE ADMINISTRACAO DO TEMPO DE TRABALHO!
O PROFESSOR SIMPLICIO*****, TEM UM ENORME SENTIDO PRATICO E SENSO DE HUMOR!
_SERA' QUE CONHECEREI O PROFESSOR SIMPLICIO????
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BEIJINHOS *******!
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